Essa praticidade que Jobs tinha em inovar ficou evidente em sua decisão de terceirizar a produção do iPhone para a China. O segundo maior país da Ásia é conhecido por seu formidável poder de produção, algo que o fabricante de smartphones vem aproveitando há vários anos e por razões que não podem ser ignoradas da perspectiva dos negócios.
O lado pragmático de Steve Jobs e Apple com terceirização
Quem melhor do que o técnico em tecnologia para explicar por que a empresa que ele fundou favoreceu a China em detrimento da manufatura doméstica? A decisão não foi motivada por custos de mão-de-obra baratos na Ásia.
De fato, a China não é mais um centro de terceirização barato, mas é praticamente imbatível em participações importantes, como velocidade de fabricação, flexibilidade e capacidade total.
Para oferecer uma ideia do que uma cadeia de suprimentos chinesa de ponta pode alcançar, relembre quando Jobs mudou seu pensamento sobre as telas de plástico do telefone, que ele acreditava corretamente que poderiam sofrer arranhões facilmente, e procurou substituí-las por telas de vidro.
Um mês antes do lançamento do telefone icônico no mercado a fábrica da Apple na China estava à altura do desafio.
As telas de vidro foram despachadas para a fábrica o mais rápido possível e 10.000 telefones emergiam das linhas de produção todos os dias, tudo dentro de um período de quatro dias.
O ex-CEO da Apple, Steve Jobs, acreditava que os empregos poderiam ser criados nos Estados Unidos, mesmo que a principal base de fabricação de sua empresa estivesse no exterior.
Sua firme fé nessa sinergia veio do entendimento de que os Estados Unidos se beneficiariam apenas de uma forma estratégica de terceirização.
Os Estados Unidos “são incrivelmente grandes”, disse ele, e, seguindo o sucesso contínuo da Apple, Jobs parece ter acertado.